O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza pela desatenção, impulsividade e agitação motora. O TDAH afeta principalmente crianças – cerca de 3% a 5% –, acometendo mais os meninos. Ele é chamado, às vezes, de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).
A dificuldade para manter o foco nas atividades propostas e a agitação motora que caracterizam a síndrome podem prejudicar o aproveitamento escolar e ser responsável por rótulos depreciativos que não correspondem ao potencial psicopedagógico dessas crianças.
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Existem três graus de TDAH. A forma mais leve do distúrbio apresenta poucos sintomas e pequenos prejuízos sociais, profissionais ou acadêmicos; enquanto a forma moderada exibe sintomas e alguns prejuízos de graus leve e grave presentes. Já a forma grave, tem muita expressão dos sintomas com real prejuízo funcional, social, acadêmico e profissional.
Quais são as causas do TDAH?
Segundo estudos, a predisposição genética e a ocorrência de alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) que estabelecem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro são a principal causa do TDAH.
Outros fatores podem ter ligação com o TDAH, entre eles:
- Substâncias ingeridas na gravidez como nicotina e álcool;
- Sofrimento fetal por conta de problemas no parto;
- Exposição a chumbo faz com que crianças pequenas com intoxicação ao metal apresentem sintomas parecidos com TDAH.
Algumas teorias sugerem que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta ideia, mostrando que problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.
Quais são os sintomas do TDAH?
Os sintomas do TDAH podem se manifestar de várias formas.
Em relação ao comportamento, os sintomas são:
- Agressão;
- Hiperatividade;
- Excitabilidade;
- Impulsividade;
- Inquietação:
- Falta de moderação;
- Irritabilidade.
Na cognição, os sintomas se manifestam com:
- Dificuldade de concentração;
- Falta de atenção;
- Esquecimento.
No humor:
- Excitação;
- Raiva;
- Ansiedade;
- Depressão.
No caso do TDAH em adultos, o diagnóstico é feito de forma tardia porque a pessoa com o transtorno nunca apresentou déficits funcionais significativos durante a infância e/ou adolescência. No entanto, os sintomas que aparecem na vida adulta são, por exemplo:
- Provenientes de excesso de trabalho;
- De estudos universitários intensos;
- Dificuldade para se concentrar nas tarefas domésticas;
- Dificuldade para ouvir pacientemente palestras e exposições.
TDAH tem cura?
O TDAH não tem cura, mas pode ter os seus sintomas reduzidos naturalmente no período da adolescência e idade adulta, ainda que cerca de 50% das pessoas que possuem o transtorno irão apresentar os sintomas durante toda a vida.
Como é o tratamento do TDAH?
O tratamento do TDAH consiste em psicoterapia (orientação psicológica) e prescrição de metilfenidato (Ritalina) ou antidepressivos.
Crianças podem exigir os cuidados de uma equipe multidisciplinar, em razão dos desajustes pedagógicos e comportamentais associados ao TDAH.
Mudanças simples em hábitos do cotidiano também podem ajudar no tratamento do TDAH, agindo em conjunto com terapia e medicamentos, como:
- Reduzir o consumo de açúcar e cafeína;
- Praticar atividades físicas intensas como nadar e correr podem ajudar na melhora do funcionamento cognitivo e comportamental.
Se tenho sintomas de TDAH, qual médico devo procurar?
Os profissionais que podem ajudar no diagnóstico do distúrbio são o neurologista, neuropediatra ou psiquiatra, embora até mesmo o pediatra possa contribuir com o diagnóstico e, na sequência, encaminhar o paciente para um especialista.
Como é feito o diagnóstico do TDAH?
Para diagnosticar alguém com TDAH, os sintomas devem manifestar-se na infância, antes dos sete anos, pelo menos em dois ambientes diferentes – casa, escola, lazer, trabalhos -, durante seis meses, no mínimo. Vale destacar que, diferentemente das condições de personalidade como, por exemplo, o transtorno de personalidade paranoiide (cujo diagnóstico se dá apenas para aqueles com mais de 18 anos), o TDAH pode ser diagnosticado em qualquer idade.
Além disso, deve haver um cuidado para entender o que de fato é o TDAH e não confundir com outros transtornos, como o bipolar, de personalidade e até o autismo ou a dislexia. Assim, professoras e pedagogas, muitas vezes, são as primeiras a perceber que há algo diferente, orientando os pais ou responsáveis a procurar ajuda.
Pelo fato de o diagnóstico ser clínico, com base nos sintomas, não é necessário nenhum tipo de exame físico ou laboratorial.
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