Também conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), o autismo é uma condição de saúde médica caracterizada por um atraso no desenvolvimento neurológico, resultando em um déficit na comunicação e na interação social, além de alterações no comportamento, como movimentos repetitivos e também hipersensibilidade a determinados estímulos, entre outros sinais que podem levar a um diagnóstico médico.
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Quais são as causas do Autismo?
Acredita-se que as causas do autismo são majoritariamente genéticas e outros estudos científicos estão sendo conduzidos acerca dessa condição médica, indicando que fatores ambientais podem colaborar também para essa condição de saúde. É necessário informar que as vacinas não são fatores de risco para o desenvolvimento do TEA.
Quais são os tipos de Autismo?
Como diz a sigla, hoje não se fala mais em um só autismo, mas sim em um espectro. Portanto, existem diferentes tipos de TEA, entre eles:
De maneira geral, são pessoas voltadas para si mesmas, que não estabelecem contato visual, não se comunicam tradicionalmente por meio da fala e possuem dificuldade de compreensão de metáforas e enunciados simples. O grau de comprometimento pode variar de caso para caso, podendo até apresentar deficiência mental importante.
O paciente é considerado dentro do espectro autista por possuir dificuldade de comunicação e interação social, mas os sintomas não são suficientes para incluí-lo nas categorias anteriores, o que dificulta o diagnóstico.
Crianças com esse tipo podem não apresentar nenhum sintoma, mas com o avançar da idade ir perdendo as habilidades sociais ou linguísticas aprendidas.
Quais são os níveis de suporte de Autismo?
Existem pelo menos três nível de suporte de autismo, que são classificados como autismo leve, moderado e severo.
Os pacientes com autismo nível de suporte 1 possuem a forma mais leve da condição, dispondo de uma maior independência e desempenhando tarefas do dia a dia com tranquilidade. Apresentam pouco interesse e dificuldade em iniciar ou manter interações sociais, problemas em se expressar, comportamentos repetitivos e restritos, dificuldade em trocar de atividade e problemas para organização e planejamento.
No autismo nível de suporte 2, os sintomas podem ser percebidos com maior facilidade, uma vez que os pacientes com o nível de suporte moderado precisam de ajuda para realizar algumas atividades do dia a dia, além de apresentarem maior dificuldade de socialização, podem ou não se comunicar verbalmente, não realizarem contato visual, possuírem comportamentos repetitivos em maior complexidade e seguirem rigorosamente uma rotina.
O paciente diagnosticado com autismo nível de suporte 3 geralmente possui pouca autonomia, necessita de apoio constante para realizar atividades diárias e apresenta graves déficits de comunicação e interação social. Em alguns casos, não consegue se comunicar verbalmente e precisa do suporte de um mediador e, por isso, é considerado autismo severo.
Quais são os sinais do Autismo?
Por se tratar de uma condição em espectro, os pacientes podem apresentar diferentes graus dos sinais de autismo. Alguns os apresentam de uma forma mais intensa, enquanto outros de uma forma mais branda.
Entre os sinais do autismo, podemos destacar:
- Dificuldade em manter contato visual;
- Manter-se mais isolado e sem interagir com outras crianças;
- Dificuldade em fazer novos amigos;
- Realizar movimentos repetitivos sem motivos aparentes;
- Interesse muito intenso em determinados assuntos (hiperfoco) e desinteresse total por outros;
- Ficar muito afetado ou aborrecido por mudanças na rotina e em seu dia a dia;
- Não falar ou repetir frases em momentos inadequados;
- Uso de linguagem repetitiva;
- Dificuldades de imaginação;
- Irritabilidade;
- Insônia;
- Falta de atenção;
- Hiperatividade;
- Sensibilidade sensorial (sente dificuldade de ficar em lugares com muito barulho, por exemplo).
Esses sinais costumam ser observados pelos pais ainda na infância, por isso o autismo muitas vezes é chamado de autismo infantil. No entanto, essa é uma condição que acompanha o paciente durante toda a vida.
Autismo tem cura?
Não há cura para o autismo, embora existam terapias adequadas para que, desta forma, o indivíduo possa ter um desenvolvimento saudável e minimizar os traços ao longo do seu desenvolvimento.
Como é o tratamento do Autismo?
O tratamento do autismo é realizado em diferentes frentes e com o trabalho em conjunto de variadas equipes médicas.
Geralmente, o tratamento do autismo é composto por acompanhamento com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e até mesmo fisioterapeutas.
Alguns sintomas do autismo, como irritabilidade, insônia e também desatenção podem ser tratados com o uso de medicamentos específicos.
Como é feito o diagnóstico do Autismo?
O diagnóstico de autismo pode ser feito antes dos três anos de idade e é essencialmente clínico, realizado a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Instrumentos de vigilância do desenvolvimento infantil são sensíveis para a detecção de alterações sugestivas de TEA, devendo ser devidamente aplicados durante as consultas de puericultura na Atenção Primária à Saúde.
O relato/queixa da família acerca de alterações no desenvolvimento ou comportamento da criança tem correlação positiva com confirmação diagnóstica posterior, por isso, valorizar o relato/queixa da família é fundamental durante o atendimento da criança.
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